sábado, 2 de maio de 2009

Cavalo Alter Real




Cavalo Alter Real
Esta raça portuguesa foi criada no século XVIII para servir a corte. Em 1748, a casa real de Bragança importou 300 das melhores éguas Andaluzas para a sua coudelaria. Em 1754, a coudelaria mudou-se para Alter do Chão dando origem à primeira parte do nome desta raça. A raça foi-se desenvolvendo e obtendo reconhecimentos pelos seus belos desempenhos em exibições na capital. Contudo, durante as invasões Napoleónicas (1807, 1808 e 1810) a coudelaria foi repetidamente saqueada e a raça esteve à beira da extinção. Com a capitulação de D. Miguel, a coudelaria foi confiscada e só no fim do século, durante o reinado de D. Maria Pia, foram feitas tentativas para recuperar a raça, introduzindo sangue Inglês, Árabe e Normando. Estas tentativas falharam redondamente e só a posterior reintrodução de sangue Andaluz e Cartusiano fez reverter o processo. Depois da instauração da República, Ruy D´Andrade conseguiu recuperar a raça a partir de dois garanhões e algumas éguas. Com o apoio do Estado Português o Alter Real vingou. Actualmente o programa de criação da raça está nas mãos do Ministério da Agricultura.Apesar de não estarem em perigo de extinção, existem ainda poucos cavalos desta raça espalhados pelo mundo.
Temperamento:Fogoso e vigoroso, o Alter Real não é para principiantes. Esta raça é forte, inteligente e sensível. Tem uma aptidão natural para as disciplinas da Haute École.
Descrição:De porte elegante e comportamento extravagante, o Alter Real apresenta uma cabeça fina, de perfil direito e olhos vivos. O pescoço é pequeno e arqueado e as orelhas são médias. As pernas são musculosas e o peito é desenvolvido.
Pelagem:Geralmente baio, o Alter Real pode também ser visto em castanho e lazão.
Influências:Muito marcado pela raça espanhola Andaluz, mas também pelo temperamento fogoso do Árabe.Influenciou a raça brasileira Mangalargas.
Utilização:O Alter Real foi criado para cavalo de carruagem e exibição. Hoje em dia é utilizado como cavalo de sela, ensino e ainda nas exibições de hipismo.


Cavalo Sorraia




Cavalo Sorraia
De origem ancestral, acredita-se que o primitivo Sorraia pode ser observado em pinturas rupestres. De facto, é conhecida a sua utilização pelos romanos. O Sorraia é um cavalo de origem Portuguesa, apontado como antepassado de algumas raças ibéricas, tais como o Andaluz e o Lusitano. A compleição básica do Sorraia assemelha-se muito ao Tarpan, o cavalo selvagem indo-europeu extinto no século XIX. Os Berberes do Norte de África são os prováveis responsáveis pelo aumento de tamanho deste cavalo que mesmo assim é ainda apresenta uma baixa estatura. Esta raça foi “descoberta” por Ruy D´Andrade por volta de 1920 que encontrou uma manada selvagem no vale do rio Sorraia, um afluente do Rio Tejo, formado pela reunião dos rios Sôr e Raia, que originou o nome da raça. Depois da descoberta, a família D´Andrade tem-se dedicado à conservação e desenvolvimento destes cavalos. Contudo, a raridade desta raça mantém-se e lentamente começam-se agora a exportar alguns exemplares, sobretudo para a Alemanha. Existem pouco mais de uma centena de cavalos Sorraia em todo o mundo, 90% deles em território português.
Utilização:O Sorraia foi utilizado na agricultura em trabalhos pequenos e leves por camponeses locais. Apesar do selo de cavalo de trabalho, o Sorraia mostra aptidão para outras actividades hípicas.
Temperamento:Bravio e independente, o Sorraia é um cavalo com um temperamento muito próprio. Podem dar bons cavalos de sela, mas é preciso saber lidar com o seu carácter vigoroso.
Discrição:De baixa estatura, o Sorraia é um cavalo robusto. As condições do solo pouco fértil do vale do Sorraia são apontadas como as principais determinantes da altura do animal.
Pelagem:A principal tonalidade do Sorraia é o cinzento, mas também podem ser encontrados exemplares baios. Outra característica do Sorraia é uma lista fina e mais escura ao longo do dorso. Chamadas zebruras, por vezes também se encontram listas nas patas e mais raramente no corpo.

Cavalo Hanoveriano




Cavalo Hanoveriano
O Hanoveriano é um cavalo de sangue nobre, corretamente proporcionado com equilíbrio natural, impulsão e movimentos elegantes, elásticos, caracterizados por um trote flutuante e um ritmo saudável. O início da histórica da Raça está no estado da Baixa Saxônia, na Alemanha, antigo Reino de Hannover, onde um criador que empregou animais das Raças Thoroughbred, Holsteiner e Trakehner para desenvolver um animal mais adequado para trabalhos. O Hanoveriano teve larga utilização na primeira guerra mundial. Essa raça se dispersou à todos os cinco continentes e representa hoje uma das Raças mais proeminentes de cavalos no mundo. Foi introduzido ao Brasil à partir da década de 70, exclusivamente para formação de cavalos de salto.
Descrição: é considerado um dos animais mais altos entre as raças, com um porte esguio, cabeça, pescoço e tronco muito bem definidos. A seleção subseqüente produziu animais muito robustos, tranqüilos e direcionados para esportes como equitação e hipismo. Mas é no salto e no adestramento que eles se destacam. - Altura (cm): 162 a 170.
- Temperamento: linfático.
- Porte: médio.
- Peso: em torno de 600 a 650 Kg.
- Pelagem: todas.
- Uso: sela.
- Existe no Brasil: alguns.
- Perfil/Cabeça: reto.
- Musculatura: leve.
- Origem: Séc. XVII.
- Região: Alemanha.
- Meio Ambiente: clima ameno.



Cavalo Frísio







Cavalo Frísio
Frísio ou Friesian é uma raça de cavalos de cor negra e com pêlos compridos nas pernas. É um animal de temperamento dócil e fisicamente bastante robusto. É criado principalmente na Frísia, litoral norte dos Países Baixos, de onde se origina seu nome.
É difícil datar a origem do cavalo de Friesian com precisão. É certo que o cavalo era famoso na Idade Média pois é achado em trabalhos de arte daquele período. No século XVII foi usado para levar carga debaixo de sela. Devido ao seu esplêndido trote, o Friesian foi também usado posteriormente para trabalhos leves. Isto, infelizmente, limitou seu uso em agricultura e conduziu a seu declínio do número de animais no início do século XX. Ele quase foi levado à extinção durante a Segunda Guerra Mundial pois era muito utilizado para puxar os canhões, tendo restado apenas cinco garanhões e algumas éguas após a guerra. Uma procriação sistemática restabeleceu a qualidade da raça e seus números são crescentes atualmente.
Mede cerca de 1,65 m.[1] Destaca-se por ser um excelente animal de tiro, embora também seja utilizado como animal de sela. É um animal fácil de ser mantido do ponto de vista econômico, e é muito dócil. No Brasil, foi introduzido em 2007 pelo Haras Black Foot. O cruzamento do Cavalo Frísio com o cavalo Árabe gerou a raça Arabo-frísio que está sendo criado pelo Haras Greca no Rio Grande do Sul .
História da raça
O cavalo Frísio ou Friesian é o único nativo da Holanda que conseguiu sobreviver a passagem do tempo. As suas origens remontam a séculos atrás. Sendo uma das mais antigas raças na Europa, esteve à beira da extinção várias vezes ao longo do último século. Graças à devoção de um grupo de entusiastas se abriu caminho até o presente, desta forma hoje goza de grande popularidade em todo o mundo. A sua origem iniciou por volta do ano 500 a.C., quando o povo frísio se estabeleceu ao longo do Mar do Norte trazendo os seus cavalos, descendentes diretos de Equus Robustus. No ano 800 d.C. o Mar do Norte era denominado Mar Frísio, local onde se desenvolva a raça.[2]
Em cerca de 150 d.C., historiadores romanos mencionam a presença da cavalaria frísia na Britânia, na fronteira entre a Escócia e a Inglaterra. A cavalaria era formada por soldados montando garanhões Friesians. O escritor inglês Anthony Dent remete também para o aparecimento de tropas independentes frísias em Carlisle, no século IV, igualmente formada por ginetes no lombo de cavalos Friesians. Ele também menciona a influência do cavalo Friesian na raiz do Shire e também nos póneis Fell. Há inúmeras ilustrações de Friesians que participem em torneios e justas na Idade Média. A primeira data escrita sobre o cavalo Friesian remonta a 1544.[2]
Durante as Cruzadas e até o fim da guerra dos 80 anos, foi introduzido sangue de cavalos árabes. Ao longo do século XVII, os Friesians compartilhavam pistas com cavalos de origem espanhola em várias escolas onde se pratica a Alta Escola de Equitação. No fim do século XIX, devido ao declínio da Europa feudal, a presença do cavalo Friesian é reduzida para a província da Frísia, onde celebravam corridas de trote de Friesians atrelados a carruagens. Estas corridas logo se tornaram uma festa popular que ocorrem ao longo de toda a província. Em 1823, King Willem entregou um "chicote de ouro" ao vencedor de uma grande corrida de trotadores.[2] Em 1° de maio de 1879, numa pequena aldeia chamada Roodahuizum, foi formado o Registro Genealógico de cavalo Friesian, o FPS, e assim, dar o primeiro passo para a salvação da raça.[3] Tal foi o desastre que em 1913 foram apenas três garanhões em serviço, abrangendo: Prins 109, Alva e 113 Friso 117.[2]
Foi quando uma centena de agricultores, preocupado com a situação agonizante da raça, juntam-se para criar uma parceria para a preservação do frísio. A eles se deve a salvação da raça. O luxuoso cavalo passou a se tornar um cavalo de trabalho nas fazendas, algo lógico se se pretende competir com os pesados Bovenlander.[3] Em apenas duas décadas o Frísio tornou-se ideal como um cavalo de recreação e começa a mostrar o seu potencial em certos esportes.





Cavalo Campolina




Cavalo Campolina
Raça formada em Minas Gerais por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Lusitano da Coudalaria Real de Alter.
Os descentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percheron, Orloff e Oldenburger e mais tarde do Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês. O pai do garanhão Monarca era pertencente ao criatório de D. Pedro II.
História: Raça brasileira, definida há mais de 80 anos do cruzamento de um garanhão Puro Sangue Lusitano com uma égua marchadora. Outros cruzamentos inseriram o sangue Percheron, Orloff, Oldenburger, Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês, até a obtenção do padrão desejado da raça Campolina.
Características: É um cavalo de porte médio para grande, com região frontal subconvexa na região nasal. Normalmente sua pelagem é baia ou castanha.
Aptidão: Indicado para marcha batida ou picada; excelente para passeios e cavalgadas. As principais competições da raça são as provas de Marcha e Morfologia.
No Brasil: Foram registrados mais de 80 mil animais distribuídos pelo país, com concentração maior na região do sul de Minas.
Campolina é uma raça de cavalos de sela (destinado a marcha e passeio) brasileira, junto ao Mangalarga marchador uma das mais importantes criadas neste país. É, ainda, uma das mais antigas, posto que sua conformação data do século XIX.
Seu nome deriva do apelido de família do seu criador, Cassiano Campolina.
Tendo por mais de trinta anos realizado o trabalho de seleção, Cassiano Campolina faleceu em 1909, e seu trabalho resultou na denominação deste animal que, de Entre Rios de Minas, ganhou paulatinamente reconhecimento e espalhou-se pelo país.
O trabalho de Campolina foi complementado, dentre outros, por Joaquim Resende, num trabalho que durou mais de setente anos, usando as matrizes originais de animais crioulos, e promovendo novos cruzamentos com animais marchadores e, finalmente, com puro-sangue inglês.



Cavalo Bretão




Cavalo Bretão
O cavalo bretão é uma raça de cavalos de tração pesada originada em torno de 1830 na bretanha, noroeste da França. Formou-se através de cruzamentos de animais das raças de tração Norfolk (inglesa), Ardennais, e Percheron (francesas) com éguas nativas de grande porte na bretanha.
O cavalo bretão é um cavalo de médio a grande porte, brevilíneo, com musculatura proeminente e maciça em todo o corpo. O porte do cavalo bretão impressiona pelo peitoral musculoso, garupa larga, membros fortes e aprumados, pêlos ao redor e atrás dos cascos, que são grandes e fortes. Têm pescoço triangular, maciço, e crina freqüentemente dupla. A coloração é alazã, castanha e rosilha. Pelagens tordilha, pampa e albina não são permitidas em animais puros.
Utilização:São caracterísiticas do cavalo bretão a força e a vitalidade para o trabalho de tração. Também são evidentes sua docilidade, inteligência e a facilidade para o adestramento, seja para sela, atrelagem ou apresentações de volteio.
São exemplos de utilização do cavalo bretão: Tração agrícola e urbana, atrelagem esportiva, passeios turísticos em hotéis-fazenda ou em cidades, desfiles, volteio, lazer, montaria, formação de mestiços com outras raças eqüinas ou muares, leves ou de tração, ou ainda como éguas amas de leite para cavalos de hipismo, PSI e outros. Além de tudo isto, o porte do cavalo bretão "embeleza" o piquete.
As éguas bretão possuem ainda produção de leite até 60% maior que outras raças, e são boas receptoras de embriões pelo tamanho do útero e por esta produção de leite que pode chegar a 35 litros ao dia!.
O bretão sempre teve seu lugar na tração agrícola em pequenas propriedades, e em grupamentos de artilharia. Hoje está renascendo como alternativa "orgânica" ao uso de maquinário agrícola.
Pelagem:Temos básicas, alazã e castanha, com grande ocorrência do ruão, mescla de pêlos vermelhos, negros e brancos. Contudo, é muito rara a aparição do castanho quase negro, como se desconhece o tordilho.
O pescoço correspondente ao conjunto, é curto, grosso e arqueado. As orelhas são pequenas e móveis. A cabeça é quadrada e de perfil reto. A anca são largas e quadradas, com musculatura acentuada e movimentação particularmente franca e livre. As pernas são curtas e fortes, com pouco plumagem e os pés duros, bem formados e não muito grandes. A cauda, costuma-se encurtar como a do norman cob.


Cavalo Appaloosa





Cavalo Appaloosa
O Appaloosa é um dos cavalos mais antigos da América do Norte. Identificado pela sua característica pelagem pintalgada, esta raça era já representada em pinturas rupestres. Os conquistadores introduziram o gene malhado no continente americano e os índios Nez Percé aproveitaram um excelente exemplar para criar uma raça versátil e distinta. Estes habitantes do noroeste dos Estados Unidos da América, na região banhada do rio Palouse, que deu o nome à raça, tinham rigorosos programas de selecção dos reprodutores e foram os responsáveis pelo desenvolvimento da raça. Com as lutas entre colonos e tribos nativas, o Appaloosa passou a ser desenvolvido sem critérios por todo o continente, enfraquecendo a raça.Através do comércio, a raça acabou por chegar à Europa dando origem a uma outra variante, maior e mais robusta do que a Norte-americana, que foi sendo cruzada com o Quarto de Milha.Com a formação do clube da raça em 1938, nos Estado Unidos da América, a história deste cavalo sofreu uma grande reviravolta, tornando-se um dos cavalos mais populares do mundo.
Temperamento:O Appaloosa é um cavalo ágil, robusto e veloz, com uma resistência e vigor que lhe são reconhecidos internacionalmente. Com uma personalidade viva, o Appaloosa é um cavalo de bom carácter.
Descrição:O Appaloosa é um cavalo com orelhas pequenas, olhos grandes, pescoço médio e dorso curto. Tem de ter as membranas à volta da íris de cor branca, os cascos raiados e a pele mesclada. Caso tenha estas características pode não apresentar o pêlo pintalgado.
Pelagem:Existem cinco pelagens oficiais do Appaloosa:
Cobertor ou blanket – Cor base, geralmente castanha, e mancha branca na garupa;
Leopardo ou leopard – Cor base branca e manchas de cor escura;
Floco de Neve ou snowflake – Concentração de manchas na garupa.
Geada ou frost – Manchas pequenas de cor branca sobre um fundo escuro
Mármore ou marble - Malhas de cor contrastante com a cor base que podem estar restringidas a uma parte do cor ou podem estar espalhadas por todo o corpo.
Utilização:O Appaloosa é um animal utilizado em corridas e saltos, mas também na lida do gado e em lazer.